Saúde Pública
AIDS: UMA LINHA PARA NEGATIVO, DUAS PARA POSITIVO
O Brasil agora domina a tecnologia de produção do teste rápido para detecção do HIV. O aparato, semelhante aos exames de gravidez comprados em farmácias, oferece resultados com 99,77% de confiabilidade em 15 minutos e requer apenas uma gota de sangue para isso. Já usado em materniades em casos em que a mãe não realizou o exame durante o pré-natal e em comunidades isoladas, o teste rápido terá sua distribuição ampliada em 2009. A previsão é de que cerca de 1,5milhão de unidades sejam distribuídas pelo Ministério da Saúde.
A tecnologia envolvida no teste foi desenvolvida pela empresa norte-americana Chembio e transferida ao Brasil por meio da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro. Com a iniciativa, o custo do teste, que ficava em torno de US$ 5 por unidade, cai para US$2,60. Mas a rapidez do diagnóstico é a maior vantagem. "O resultado do exame convencional, na rede pública, pode demorar até 40 dias e apenas entre 30% a 40% das pessoas que procuram os centros de testagem anônima voltam para buscá-lo. Com o teste rápido, o resultado sai em 15 minutos, o que facilita o diagnóstico precoce, essencial para o tratamento da doença", afirma Antonio Gomes Pinto Ferreira, tecnologista de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz responsável por trazer a tecnoogia ao país. "Além disso, o teste rápido é útil em situações como acidentes de trabalho em hospitais e acidentes de trânsito, quando os profissionais se expõem ao risco de contato com sangue potencialmente cntaminado", lembra.
O conhecimento gerado pelo processo de tarnsferência ajudará também no desenvolvimento de testes para detecção de outras doenças, como a leishamaniose e a leptospirose, e na elaboração de um teste rápido confirmatório para o HIV (necessário para confirmar um primeiro resultado positivo). Além disso, o Brasil já trabalha em parceria com governos e instituições africanas para que o teste rápido chegue a países como Moçambique, onde 16% da população são portadores do vírus da AIDS.
Crédito: Revista Ciência Hoje 257 Vol. 43 Março 2009 pág. 67
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