A sociedade da informação mudou para sempre a relação entre médicos e pacientes. Sem entrar no mérito do desconforto do consultório quando se é dito "eu vi na internet o que esta doença que o senhor está falando quer dizer", o empoderamento do paciente quanto à informação sobre seu estado de saúde é um fato irreversível. Vale lembrar que conceito de empoderamento vem do termo inglês em-powerment que pode ser interpretado como equivalente a dar poder ou reconfigurar o poder entre diferentes atores sociais.
Com a Web 2.0 e as redes sociais fomentadas por portadores de determinadas patologias ou de interesses em comum, é muito mais fácil ter acesso a pessoas que possuem os mesmos problemas e procurar ajuda. Um exemplo muito oportuno para ser citado neste mês de março é a Rede Feminista de Saude [I], que reúne bravas mulheres no controle social do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ainda não se sabe como lidar com estes portais que se espalharam no ciberespaço. É preciso examinar com muito cuidado este fato social, pois os índices de auto-medicação podem acirrar e a difusão mal intencionada de crendices pode até matar. E, mais ainda, o SUSe os profissionais de saúde precisam estar preparados para lidar com as redes de usuários, que querem gerir sua saúde e melhorar sua qualidade de vida.
Jornalista, mestre em gestão da informação e comunicação em saúde.
Link [1]- http://www.redesaude.org.br/
Matéria publicada no Canal Saúde de Março de 2009 - Ano 10 - Número 40
O Canal Saúde é um projeto prioritário da Presidência da Fundação Oswaldo Cruz - Ministério da Saúde.
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