Texto: Alice Bastos Neves
Empresário, executivo, funcionário público, profissional liberal, tradicional ou moderninho, esportivo ou intelectual. O estilo de vida do homem adulto hoje parece não ter mais nada a ver com estes estereótipos. Os médicos afirmam: a receita da felicidade está cada vez mais ligada a um estilo de vida saudável
Antes de definir o que é e como alcançar este objetivo, é preciso questionar porque a maioria dos homens não vive desta forma. Para isto, reportamo-nos ao tempo em que o fogo era a descoberta do momento e a roda ainda nem tinha sido inventada.
Nas cavernas, o homem vivia, em média, 14 anos, enquanto a expectativa de vida da mulher era de 18 anos. E essa diferença parece ter deixado marcas na nossa identidade genética. Milhões de anos se passaram e, de acordo com os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média de vida do homem é de 67 anos, já a da mulher é de 75.
Segundo o cardiologista Dr. Fernando Lucchese, diretor médico do Hospital São Francisco, unidade de cardiologia do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, a diferença deve-se ao fato de o homem ser, por natureza, um caçador. "Ele foi preparado para correr riscos. Era ele que saía da caverna, que se arriscava atrás de comida, enquanto a companheira ficava protegida, cuidando da prole. O homem, conseqüentemente, estava mais exposto à doença e à morte", conta.
A partir do século 20, a mulher entrou no mercado de trabalho e também passou a se arriscar, diminuindo a longevidade. Mas, segundo Dr. Lucchese, o homem ainda é o maior "arriscador".
Cuidado para toda a vida
Durante anos, Rubens Xavier Júnior foi um "arriscador". Costumava trabalhar além do horário, dormir pouco, viajar muito. "Eu era o chamado executivo-padrão: terno e gravata, celular em uma mão, laptop na outra, avião pra lá e pra cá", explica. A vida estressante de trabalho começou a cansar e um convite para trabalhar em São Paulo foi o empurrão que faltava. A opção por não trocar de cidade fez Rubens, aos 44anos, decidir mudar de vida.
Pediu demissão e logo encontrou um novo trabalho, em uma empresa na região metropolitana de Porto Alegre. O engenheiro químico tornou-se diretor industrial. "Hoje ando em um bom carro, mas se amanhã eu tiver que andar a pé ou de ônibus para ser feliz, eu não me importo. Não é isso que gera alegria. Traz conforto, não vou negar que gosto, mas não é essencial na minha vida, na minha qualidade de vida", conta Rubens.
O engenheiro acredita que o grande problema da maioria dos homens é a supervalorização do poder, do trabalho, do dinheiro. A visão de Rubens é diferente: "Eu sempre digo que a pessoa colhe aquilo que planta. Não adianta passar a vida focado no dinheiro e se tornar um adulto infeliz e doente. É impossível querer fazer mágica lá na frente para realizar tudo o que não fez. Não dá para voltar no tempo".
Para Rubens, o segredo de não viver em uma realidade frustrada é o equilíbrio. Ele divide a vida em três pilares: a família, o trabalho e o "eu". Convive bem com a esposa e as três filhas, trabalha o melhor que pode no tempo em que está na empresa e, quando acaba o horário, vai embora. Mas o pilar "eu" sempre acabava ficando abandonado.
Para retomar os cuidados consigo, ele começou a fazer exercícios. Na adolescência, a paixão era o futebol, mas como o preparo físico não é mais o mesmo, deixou a redondinha e os outros jogadores de lado. Trocou o campo "quadrado" por uma pista "redonda": Virou um corredor.
De três a quatro vezes por semana, encontra-se com o grupo de corrida na pista atlética do CETE, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre. Só não corre mais vezes para não se machucar! "Não corro mais para preservar minha saúde. Se não, dói o joelho, dói a canela, dói tudo. E eu corro para manter minha saúde. Física e mental", explica. Para Rubens, a corrida também é um lazer: "É um momento em que eu desligo do trabalho, da família, de tudo e fico viajando nos meus pensamentos". Além de manter o corpo e a mente em forma, faz exames preventivos anualmente e cuida da alimentação.
Rubens é um exemplo. Por conta própria e sem esforço, segue à risca o que os médicos recomendam. Como resultado, aos 53 anos, toma no máximo um ou dois comprimidos para dor de cabeça durante o ano, o colesterol é normal, a glicose e a pressão também. As filhas já sabem: "Eu vou ficar velho só depois dos noventa e cinco!", diverte-se.
Caminhos para a felicidade
O exemplo de Rubens não é a regra. De acordo com o psiquiatra Nélio Tombini, da equipe de médicos da Santa Casa, desde a juventude o homem escolhe uma rota para atingir o bem estar, a felicidade.
O primeiro caminho, mais saudável, se constrói através da formação de vínculos com as pessoas. O homem que faz esta opção procura ter uma vida familiar que lhe dê satisfação, um trabalho que goste e uma relação amorosa, íntima com alguém. "Seguindo assim, ele vai chegar à maturidade provavelmente muito bem resolvido", pondera Dr. Tombini.
O chamado falso caminho é aquele em que a busca pelo poder e pelo dinheiro se tornam mais importantes do que todo o resto. Este homem passa a ter uma vida sexual promíscua, usar álcool e drogas, buscar apenas amigos influentes, parcerias que o façam se sentir ainda mais poderoso. Mas, de acordo com o médico, logo ele percebe que está frustrado: "Os filhos, que nunca foram prioridade, estão desencaminhados; os poucos amigos acabaram se afastando; e o casamento vai de mal a pior, se já não acabou".
Investimentos errados: são eles os maiores responsáveis por fazer o homem adoecer mentalmente. Dr. Tombini enumera as principais doenças do homem adulto na área da psiquiatria: a depressão, a ansiedade (ou a freqüente combinação das duas) e a dependência do álcool.
Depressão e ansiedade podem ser tratadas com terapia e/ou medicação e o paciente pode levar uma vida normal. Em casos mais graves, a patologia pode chegar a impedir as atividades diárias e exigir internação.
A dependência do álcool é uma das manifestações que os psiquiatras têm mais dificuldade em diagnosticar, porque não tem sintomas claros. Como explica o Dr. Tombini, o próprio paciente se coloca em uma posição de "bebedor social", não percebe que está doente, não procura ajuda e, por conseqüência, é raro conseguir fazer o diagnóstico. Para passar longe dos mitos, o psiquiatra ainda destaca: "Ser alcoólatra não significa somente beber todos os dias. Os sinais mais claros de que um homem está se tornando alcoólatra são quando sai para tomar um chop e acaba tomando quinze, nunca fica em um só; e uma vez iniciada a ingestão, perde completamente o controle".
Outra manifestação importante no que diz respeito à mente masculina durante a vida adulta é o que o Dr. Tombini chama de "penisdição". "O termômetro da vida do homem é a sua sexualidade. Se o sexo vai bem para ele, todo o resto também está certo. Supervaloriza o pênis e, como vai perdendo potência com o envelhecimento, acaba sentindo-se desvalorizado", esclarece.
Em todas as doenças psiquiátricas, a preocupação maior não é com os pacientes que chegam ao extremo (exigem internação e tratamento com medicamentos). Dr Tombini se preocupa com aquelas pessoas que apresentam um sofrimento mental importante e não procuram tratamento por preconceito ou desinformação. "Ele acaba se convencendo de que a vida é daquele jeito. Não percebe que está limitado por uma doença e não busca ajuda", relata. E são justamente estas pessoas que poderiam ser mais auxiliadas. O psiquiatra da Santa Casa critica a maioria das instituições, que estão bem preparadas para tratar as pessoas fisicamente, mas nada receptivas quando o assunto é o sofrimento mental, que não aparece, mas existe.
Enquanto o problema é deixado em segundo plano pela maioria dos estabelecimentos, o médico mostra as ações preventivas, aparentemente muito simples:
- Não usar drogas – inclusive o álcool (elas aumentam as chances de desenvolver doenças da mente)
- Trabalhar com o que lhe agrada (mesmo que não ganhe muito dinheiro)
- Ter boas relações com amigos e familiares
- Ter uma relação afetiva saudável (admirar o parceiro, ter a capacidade de conversar e ser ativo sexualmente)
Atitudes como essas significam uma opção pelo caminho saudável, predispondo a atingir o bem estar.
Mente, corpo e coração
Questionado sobre a saúde física e mental do homem, Dr. Lucchese é enfático. A saúde do homem não tem nada a ver com a doença do homem.
Para começar, segundo o cardiologista, é preciso estabelecer a rota de vida de um indivíduo do sexo masculino.
A doença do homem vem sendo construída desde os vinte anos. E as patologias que se manifestam são, principalmente, derrame cerebral, infarto e câncer de todos os tipos. Os três são responsáveis por 70% das mortes hoje no mundo.
A forma de prevenir? Exatamente a mesma! "Tem que comer salada, tem que fazer exercício e se manter ativo a vida toda, tem que ser magro e continuar magro, ter relações afetivas estáveis e uma profissão que lhe dê prazer, viver dentro do orçamento, viver em um ambiente saudável", explica Dr. Lucchese.
Esse conjunto de fatores compõe uma definição: estilo de vida. Desde o início da vida adulta, o homem tem que aprender a construir seu estilo de vida. Se ele não o constrói de forma adequada, vai ser um doente aos 50. E é justamente nesta idade que o homem vai definir se pretende viver 60, 70 anos ou se vai conseguir chegar aos 80, 90. O cardiologista explica: "Até os 50, ele pode ter feito algumas bobagens. Ele só vai ser perdoado se conseguir retomar um estilo de vida adequado para reconstruir sua trajetória".
• Aos 20 anos: Ele é um atleta. Faz exercício, joga seu futebol, come pouco, é magro, é ativo sexualmente, tudo corre bem.
• Dos 20 aos 30: Ele tem que lutar muito pela vida, porque está se profissionalizando. É nesta faixa que normalmente aparece um casamento, ou, ao menos, uma relação estável. Aí ele começa a comer mais e engordar.
• Dos 30 aos 40: Aumenta pelo menos dez quilos do seu peso. Substitui o exercício pelo trabalho e o lazer deixa de ser ativo (jogar futebol), para ser passivo (assistir futebol pela televisão).
• Aos 40 anos: Grande parte dos homens são obesos, sedentários, trabalham no limite, com algumas frustrações profissionais e, certamente, muitas frustrações afetivas.
• Com 50 anos: Ele se consolida profissionalmente e afetivamente e chega à conclusão de que está ficando velho. Aí aparece a doença.
Novo século, novo homem
Segundo o Dr. Fernando Lucchese, o século 20 foi nefasto para a vida humana. "Enquanto no século 19, nós comíamos grãos naturais, no século seguinte nós partimos para uma comida rápida, com alto conteúdo de carboidratos e gorduras saturadas", pondera.
No início deste século, percebe-se uma mudança na atitude do homem. "O século passado foi uma pegadinha para o ser humano, mas ele se deu conta disso", brinca Lucchese. Segundo o cardiologista, as mudanças do novo homem envolvem decisões novas. Ele conta que a procura de residentes, recém saídos do curso de medicina, por áreas como o intensivismo, diminuiu muito. "São especialidades muito complicadas, muito pesadas. Os jovens médicos querem cursar dermatologia, cirurgia plástica, disciplinas mais leves", relata Lucchese.
Hoje, as religiões de todos os ritos mantêm os templos lotados. O lazer assumiu uma proporção fantástica. O novo homem será realmente diferente, com decisões inovadoras e um outro estilo de vida. Lucchese completa: "O indivíduo do sexo masculino no século 21 será mais cuidadoso, menos ‘arriscador’ e menos doente".
Uma história de reconstrução
Paulo Silva precisou levar um susto para reconstruir a vida. Aos 49 anos, ele descobriu que estava com câncer de próstata. Entrou nas estatísticas. Este tipo de câncer afeta um em cada seis homens, de acordo com Dr. Carlos Ary Vargas Souto, chefe do serviço de urologia do Complexo Hospitalar Santa Casa. "É um problema de saúde pública. Nós não sabemos a causa. O que podemos fazer? Um diagnóstico precoce para poder curar!", completa.
Apesar de ainda haver preconceito, o exame de toque retal é essencial. A idéia de que só o PSA (índice medido através de exame de sangue) é suficiente está completamente errada. Souto ainda destaca: "É importante alertar os pacientes e a classe médica de que a medida do PSA mudou. Antes se admitia um PSA de nível 4, hoje em dia o homem deve ter um PSA de 2,5. Acima disso é problemático".
A dificuldade de urinar, a necessidade de esvaziar a bexiga várias vezes ao dia e se levantar no meio da noite para ir ao banheiro podem ser sintomas de câncer de próstata. Mas esses sinais aparecem tardiamente, quando o câncer já está em fase avançada. O ideal é fazer avaliações preventivas. "Queremos que o paciente entre no consultório e diga: Doutor! Eu não sinto nada! Eu vim aqui porque tenho que fazer uma revisão de rotina", pondera o urologista.
Sem nunca ter feito exame de toque retal, apenas o PSA, Paulo detectou que estava com câncer. Segundo o Dr. Souto, nestes casos há uma grande chance de ficarem seqüelas. Entre elas, estão a impotência e a incontinência urinária.
Não foi o caso de Paulo. Ele operou a próstata, retirou o tumor e hoje vive bem. Depois do câncer, deixou a vida sedentária de lado. A caipirinha que tomava diariamente ele abandonou e, apesar de estar aposentado, não fica parado: Limpa o pátio de casa, anda de bicicleta, faz caminhadas e arruma a horta. "Eu moro sozinho, mas eu não vivo sozinho. Não adianta você se sentir doente, tem que tocar a vida", conta.
Paulo, que perdeu parcialmente a visão ainda jovem, participa de palestras na Associação de Deficientes Visuais de São Leopoldo, cidade onde mora. Depois do câncer, passou a conscientizar os companheiros sobre a necessidade de fazer exames preventivos periódicos: "A melhor maneira da gente se encorajar para enfrentar a vida é encorajar os outros. Conversar, trocar experiências".
Hoje, Paulo consegue falar com naturalidade sobre o que lhe aconteceu, mas nem sempre foi assim. Por muito tempo teve vergonha. Ele conta que, por ser câncer de próstata, às vezes, as pessoas têm preconceito, mas defende: "Ninguém fica menos homem! Para ser homem, tem que ter coragem de passar por isso". Força que hoje leva Paulo a dar uma receita: "É muito difícil tirar um câncer porque tu te questionas sobre a tua vida. Eu cheguei à conclusão de que não adianta esperar alguém resolver os problemas por mim, é preciso resolver sozinho, de um jeito ou de outro. A única coisa que não tem solução é a morte", conclui.
Cigarro, inimigo antigo
O câncer que mais mata os homens ainda é o de pulmão e a única forma de prevenção possível é não fumar.
Como geralmente o homem começa a fumar na adolescência, as doenças relacionadas ao tabagismo aparecem na idade adulta, explica o Dr. Luiz Carlos Corrêa da Silva, pneumologista, coordenador da prevenção ao tabagismo do Complexo Hospitalar Santa Casa. Segundo ele, o câncer de pulmão é mais comum em faixas etárias mais avançadas, em torno dos 70 anos, mas esta idade está mudando e a patologia está atingindo homens cada vez mais jovens.
A questão crucial na área da pneumologia é, portanto, dizer não ao tabagismo, pois é ele que causa maior impacto na saúde respiratória. Segundo o Dr. Corrêa da Silva, as próprias empresas deveriam ter ações que impedissem ou diminuíssem o fumo entre os funcionários. "Já melhorou muito, mas ainda temos uma questão que não está difundida o suficiente na nossa sociedade. Está faltando um procedimento educativo amplo para a comunidade como um todo", conclui.
Apesar de todas as campanhas e de todos os avisos, ainda há um grupo de fumantes considerável. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2003, no Brasil, em torno de 22% da população era de fumantes. E este número não inclui os fumantes passivos. "É uma questão comportamental, para fugir do estresse, da competitividade, toda aquela questão da imagem que as pessoas têm de si mesmas", explica o pneumologista.
Corpo saudável, corpo bonito
Uma auto-imagem insatisfatória é o que muitas vezes faz com que o homem busque mudar de vida. A vaidade transforma-se na vontade de ter um corpo saudável e em forma. Até pouco tempo, a cirurgia plástica estética era uma prática quase exclusivamente feminina. "É praticamente uma rotina a mulher pensar em cirurgia plástica. Grande parte das mulheres com 50 anos pensa em cirurgias da face; a maioria das jovens quer aumentar os seios", explica o Dr. Roberto Chem, chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Complexo Hospitalar Santa Casa. O crescimento da preocupação com o corpo e da oferta deste tipo de cirurgia na sociedade, no entanto, fez com que o homem também entrasse na onda.
Lipoaspiração abdominal e peitoral e a cirurgia de pálpebra são as ações mais procuradas. Como qualquer processo cirúrgico, antes de fazer uma plástica, o homem deve realizar todos os exames necessários. "Ainda é importante ressaltar que a cirurgia plástica resolve esteticamente, mas o exercício deve ser constante, antes e depois dela", conclui Dr. Chem.
Diagnóstico de câncer não é diagnóstico de morte
De acordo com a Drª. Alice Zelmanowicz, chefe do ambulatório de prevenção de câncer do Hospital Santa Rita - unidade de oncologia da Santa Casa de Porto Alegre - foi-se o tempo em que descobrir um câncer era sentença de morte. "Hoje, existem exames preventivos e quando se detecta um câncer em fase inicial, a chance de cura é muito grande". Aquela idéia, ainda vigente, de que "quem procura acha", também é combatida: "Pode até achar, mas encontra mais cedo! E, assim, tem chance de se curar!", explica Drª. Alice. Segundo ela, o tipo de câncer mais comum entre os homens no Rio Grande do Sul é o de pulmão, seguido pelos de estômago, próstata, cólon e esôfago.
O câncer de pele, que ainda é mais comum entre as mulheres, também tem aumentado na classe masculina. Segundo Drª. Alice, as mulheres abusam de cremes e protetores solares e têm um fator a seu favor: olham-se mais no espelho. "Assim, elas conseguem detectar qualquer manchinha ou anormalidade. E, muitas vezes, são elas que observam uma novidade no marido, namorado, irmão", conta a médica.
A cada ano, 25 mil novos homens apresentam diagnóstico de câncer no Rio Grande do Sul. Drª. Alice explica que a idéia dominante deve ser a de que câncer se previne e câncer se cura. As formas de prevenção são, novamente, dieta saudável, manutenção do peso ideal e atividade física. Segundo a oncologista, não basta ir à academia, é preciso ser uma pessoa ativa fisicamente nas horas de trabalho e de lazer. Incluir a atividade física no dia-a-dia.
Drª. Alice também destaca que diariamente fazemos escolhas que vão determinar a formação ou não de um câncer: "Quando vamos ao supermercado e escolhemos bolacha recheada ao invés de pão integral, estamos escolhendo morrer mais cedo. A pessoa opta por se expor a estes fatores causadores da morte".
Receita para um futuro promissor
Hoje, no mundo, existem cerca de 150 mil pessoas centenárias. Todas elas têm cinco pontos em comum: são "caminhadoras", magras, tem colesterol normal, pressão arterial normal e glicose normal. Mas desse grupo que chega aos cem anos, só 20% são homens. Apenas um em cada cinco centenários é do sexo masculino!
Aquele homem das cavernas, que tinha sido preparado para correr riscos, passou a usar mal suas capacidades e se arriscar desnecessariamente. A caça desenfreada fez com que ele enfrentasse hipertensão, obesidade e diabetes. Isso tudo para mostrar que o mais importante na saúde do homem adulto é o seu estilo de vida e não as suas doenças.
Dr. Lucchese caracteriza um estilo de vida saudável: vida pessoal, familiar, afetiva, financeira, ambiental e espiritual organizada, lazer organizado, alimentação organizada. "Isto é definição de saúde também", explica.
A equação está fixada na parede do consultório de Lucchese: Estilo de vida = saúde = felicidade. "Isso é felicidade! Se a pessoa tem tudo isso organizado, se o homem tem tudo isso organizado, ele é feliz. E aí então, o que vai acontecer? A longevidade", conclui.
Longa vida é o que esperam Paulo, Rubens e todos os homens que estão dispostos a começar de novo, reinventar-se e, através da prevenção, viver ao melhor estilo: saudável e feliz. Siga o exemplo deles!
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