Separação de lixo: Uma questão de consciência
Texto: Graciele Garcia
Nestes tempos, em que o aquecimento global já atinge o dia-a-dia das pessoas e a falta de água preocupa, o que cada um está fazendo para contribuir com o meio ambiente?
A desinformação é, na maioria das vezes, o motivo pelo qual a separação do lixo não é feita. O fato de não saber como selecioná-lo corretamente faz com que muitas pessoas deixem de realizar essa importante contribuição para o meio ambiente.
A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, através do seu Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos em Serviço de Saúde (ProGResSo) - implementado em 1996 -, tenta conscientizar funcionários e visitantes para que tenham responsabilidade com o lixo que produzem, tanto no seu local de trabalho quanto em suas casas. Além da preocupação com o meio ambiente, a Instituição tem como objetivo evitar acidentes com os colaboradores, ensinando-os a separar, armazenar e descartar o seu lixo.
Segundo a equipe do ProGResSo, nem todo resíduo gerado dentro do ambiente hospitalar é considerado potencialmente infectante. Com isso, os lixos que não são hospitalares devem ser separados da mesma forma que nas residências.
Segundo Gisane Gomes, coordenadora do Serviço de Assessoria Socioambiental do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), os lixos hospitalares produzidos nas residências necessitam receber os mesmos cuidados de um hospital. "Os resíduos com risco de contaminação, utilizados em pessoas doentes tratadas em casa, devem ser esterilizados e protegidos", orienta. Os termômetros quebrados e remédios não podem ser colocados junto com os demais resíduos. Diversas farmácias na Capital recebem esses materiais e os encaminham para aterro sanitário especial para produtos perigosos. Verifique em seu bairro a farmácia que participa desse programa. Os remédios dentro do prazo de validade podem ser enviados para entidades beneficentes.
Na Santa Casa, os lixos são separados em:
Biológicos: Lixo considerado hospitalar. Resíduos que possam apresentar risco de transmissão de doenças. Esse tipo de resíduo é recolhido e separado por uma empresa terceirizada, que realiza o tratamento antes da disposição final.
Pérfuro-cortantes: Resíduos que apresentam características físicas de perfurar, cortar ou machucar. São separados em recipientes resistentes e com registro do Ministério da Saúde. O destino é o mesmo dos resíduos biológicos.
Químicos: São os resíduos que contém substâncias químicas perigosas que podem apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente. Ex: antibióticos, vacinas, quimioterápicos, termômetros de mercúrio quebrados, lâmpadas fluorescentes e chapas de raio x. São recolhidos, separados e depositados em local licenciado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), por uma empresa terceirizada.
Radioativos: Resíduos que contenham material radioativo em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Antes de saírem da Instituição, são armazenados em um depósito de rejeitos radioativos (revestido de chumbo), até que os níveis de radiação não sejam mais prejudiciais.
Reciclável: São os resíduos com potencialidade de reaproveitamento para a reclicagem e retornam à indústria como matéria prima.
Comum (orgânico): Resíduos que vão para aterro sanitário e não são reaproveitados.
IMPORTANTE:
Informações como dias e horários da Coleta Seletiva, pontos e endereços dos Postos de Entrega Voluntária (PEV) e Postos de Entrega de Óleo de Fritura (PEOF) estão no site do DMLU (www.portoalegre.rs.gov.br/dmlu), ou pelos telefones (51) 3289-6866 ou 3289-6999.
Na Santa Casa, informações podem ser obtidas através do e-mail progresso@santacasa.tche.br .
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