Síndrome de burnout e sua prevalência em enfermeiros é tema de estudo
Renata Moehlecke
Caracterizada pelo cansaço emocional, despersonalização e baixa realização pessoal, a síndrome de burnout, que atinge principalmente médicos, enfermeiros, profissionais de saúde em geral e professores, retrata um indivíduo que lida com o público e que se mostra desmotivado, pouco compreensivo e com tratamento distante e desumanizado para com os pacientes, culpando-os dos problemas pelos quais estão passando. Com objetivo de auxiliar a prevenção de problemas decorrentes dessa situação, pesquisadores da Universidade do Sul de Santa Catarina se propuseram a determinar a prevalência da síndrome entre 151 trabalhadores de um serviço de enfermagem de um hospital de grande porte de Santa Catarina. Os resultados, publicados na última edição da revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, apontaram uma prevalência de 35,7% da doença.
A pesquisa, ao indicar o sofrimento psíquico a que está submetido um grupo de trabalhadores da saúde, sugere a promoção de condições de vida e trabalho que garantam a saúde física e mental (Foto: Intramed)
“Poucas foram as pesquisas no Brasil que procuravam investigar os problemas de saúde que esses trabalhadores enfrentam, associando-os com as características dessa enfermidade”, afirmam os pesquisadores. “O perfil padrão do trabalhador com burnout encontrado pela pesquisa foi: cargo técnico de enfermagem, sexo feminino, entre 26 e 35 anos, casado, sem filhos e com mais de cinco anos de profissão”.
Segundo os pesquisadores, os locais de trabalho que concentraram maior número de trabalhadores com a doença foram os setores agrupados (42%), a UTI (25,9%) e a UTI Neonatal (18,5%). “Salientamos que mais da metade dos trabalhadores entrevistados assinalou nível de cansaço emocional baixo e 50% assinalaram níveis de realização pessoal altos”, comentam os estudiosos. “Apesar disso, a prevalência da síndrome de burnout encontrada entre os trabalhadores pesquisados foi relativamente alta, uma vez que mais de um terço deles apresentou pelo menos uma dimensão da síndrome em níveis críticos”.
Os pesquisadores ainda destacam que a associação da síndrome com o tempo de profissão (mais de cinco anos) sugere que a exposição prolongada a condições de trabalho estressantes e subvalorizadas pode estar relacionada ao surgimento e ao agravamento de sintomas. “A pesquisa, ao indicar o sofrimento psíquico a que está submetido um grupo de trabalhadores da saúde, explicita condições de trabalho que devem ser investigadas de forma mais consistente em busca de respostas que possam contribuir para a prevenção de novos casos, a recuperação dos já acometidos e, principalmente, a promoção de condições de vida e trabalho que garantam a saúde física e mental de todos os trabalhadores de saúde de forma permanente”, concluem os pesquisadores no artigo.
Caracterizada pelo cansaço emocional, despersonalização e baixa realização pessoal, a síndrome de burnout, que atinge principalmente médicos, enfermeiros, profissionais de saúde em geral e professores, retrata um indivíduo que lida com o público e que se mostra desmotivado, pouco compreensivo e com tratamento distante e desumanizado para com os pacientes, culpando-os dos problemas pelos quais estão passando. Com objetivo de auxiliar a prevenção de problemas decorrentes dessa situação, pesquisadores da Universidade do Sul de Santa Catarina se propuseram a determinar a prevalência da síndrome entre 151 trabalhadores de um serviço de enfermagem de um hospital de grande porte de Santa Catarina. Os resultados, publicados na última edição da revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, apontaram uma prevalência de 35,7% da doença.
A pesquisa, ao indicar o sofrimento psíquico a que está submetido um grupo de trabalhadores da saúde, sugere a promoção de condições de vida e trabalho que garantam a saúde física e mental (Foto: Intramed)
“Poucas foram as pesquisas no Brasil que procuravam investigar os problemas de saúde que esses trabalhadores enfrentam, associando-os com as características dessa enfermidade”, afirmam os pesquisadores. “O perfil padrão do trabalhador com burnout encontrado pela pesquisa foi: cargo técnico de enfermagem, sexo feminino, entre 26 e 35 anos, casado, sem filhos e com mais de cinco anos de profissão”.
Segundo os pesquisadores, os locais de trabalho que concentraram maior número de trabalhadores com a doença foram os setores agrupados (42%), a UTI (25,9%) e a UTI Neonatal (18,5%). “Salientamos que mais da metade dos trabalhadores entrevistados assinalou nível de cansaço emocional baixo e 50% assinalaram níveis de realização pessoal altos”, comentam os estudiosos. “Apesar disso, a prevalência da síndrome de burnout encontrada entre os trabalhadores pesquisados foi relativamente alta, uma vez que mais de um terço deles apresentou pelo menos uma dimensão da síndrome em níveis críticos”.
Os pesquisadores ainda destacam que a associação da síndrome com o tempo de profissão (mais de cinco anos) sugere que a exposição prolongada a condições de trabalho estressantes e subvalorizadas pode estar relacionada ao surgimento e ao agravamento de sintomas. “A pesquisa, ao indicar o sofrimento psíquico a que está submetido um grupo de trabalhadores da saúde, explicita condições de trabalho que devem ser investigadas de forma mais consistente em busca de respostas que possam contribuir para a prevenção de novos casos, a recuperação dos já acometidos e, principalmente, a promoção de condições de vida e trabalho que garantam a saúde física e mental de todos os trabalhadores de saúde de forma permanente”, concluem os pesquisadores no artigo.
Fonte: Publicado em 7/8/2009.Notícias
materia original no http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=2774&sid=9
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