DSTs atingem mais de 10 milhões de brasileiros, diz Ministério da Saúde
18% dos homens e 11,4% das mulheres não procuram tratamento.Pesquisa sobre doenças sexualmente transmissíveis saiu nesta terça-feira.
Rafael Targino Do G1, em Brasília
Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (18) pelo Ministério da Saúde mostra que 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de doenças sexualmente transmissíveis (DST), como sífilis, HPV, gonorréia e herpes genital. São, no total, 6,6 milhões de homens e 3,7 milhões de mulheres. Segundo o órgão, 18% dos homens e 11,4% das mulheres não procuram nenhum tipo de tratamento.
As complicações dessas doenças aumentam em 18 vezes o risco de infecção pelo vírus HIV, diz a pesquisa.
De acordo com o ministério, a região Norte tem o maior percentual de homens (24,6%) que tiveram algum tipo de DST. Em outras regiões, diz o órgão, o número não passa de 20%. Quando o recorte é feito por raça, a pesquisa mostra que o total de homens negros (19%) que relataram sintomas é maior do que entre os brancos (13,8%).
A pesquisa ainda mostra que homens têm 31,2% mais chance de ter algum sinal ou sintoma de DST em alguma fase da vida. Manter relação com parceiro do mesmo sexo, de acordo com o ministério, mais do que dobra a possibilidade de ter algum sinal relacionado a doenças sexualmente transmissíveis. De acordo com a diretora do Departamento de DST/Aids do ministério, Mariângela Simão, "provavelmente" o maior número de casos é entre homens, mesmo que não seja possível quantificar.
Os números mostram também que pessoas que já tiveram mais de 10 parceiros na vida têm 65% mais chance de ter algum antecedente relacionado às DSTs.
Segundo Mariângela, apenas 30% das pessoas que procuram o serviço de saúde são orientadas para fazer o teste de HIV, e, no caso da sífilis, esse número cai para 24%.
O levantamento, chamado de Pesquisa de Comportamento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids na População Brasileira de 15 a 64 anos, foi feito em novembro de 2008 e ouviu 8 mil pessoas. Os dados foram todos coletados por autodeclaração dos ouvidos.
"Estamos falando de doenças que, na maior parte dos casos, têm cura, mas ainda estão fortemente presentes na sociedade", afirmou o ministro José Gomes Temporão.
Automedicação
Segundo o Ministério da Saúde, a automedicação por parte dos homens preocupa. Das mulheres, 99% que tiveram algum sintoma de DSTs procuram primeiro um médico; entre os homens, 25% procuram primeiro uma farmácia.
Para ajudar na prevenção, o ministério lançou nesta terça uma campanha de prevenção às DSTs, voltada especialmente para homens com menor escolaridade. Cantores sertanejos gravaram uma música que será usada no programa e cartazes, folderes e postais serão distribuídos.
A ideia é distribuir esse material inclusive em banheiros de bares e restaurantes, e as pessoas devem ser incentivadas a contar a seus parceiros que têm ou tiveram uma DST. "Para romper essa cadeia de transmissão, a outra pessoa precisa saber", disse Mariângela.
As complicações dessas doenças aumentam em 18 vezes o risco de infecção pelo vírus HIV, diz a pesquisa.
De acordo com o ministério, a região Norte tem o maior percentual de homens (24,6%) que tiveram algum tipo de DST. Em outras regiões, diz o órgão, o número não passa de 20%. Quando o recorte é feito por raça, a pesquisa mostra que o total de homens negros (19%) que relataram sintomas é maior do que entre os brancos (13,8%).
A pesquisa ainda mostra que homens têm 31,2% mais chance de ter algum sinal ou sintoma de DST em alguma fase da vida. Manter relação com parceiro do mesmo sexo, de acordo com o ministério, mais do que dobra a possibilidade de ter algum sinal relacionado a doenças sexualmente transmissíveis. De acordo com a diretora do Departamento de DST/Aids do ministério, Mariângela Simão, "provavelmente" o maior número de casos é entre homens, mesmo que não seja possível quantificar.
Os números mostram também que pessoas que já tiveram mais de 10 parceiros na vida têm 65% mais chance de ter algum antecedente relacionado às DSTs.
Segundo Mariângela, apenas 30% das pessoas que procuram o serviço de saúde são orientadas para fazer o teste de HIV, e, no caso da sífilis, esse número cai para 24%.
O levantamento, chamado de Pesquisa de Comportamento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids na População Brasileira de 15 a 64 anos, foi feito em novembro de 2008 e ouviu 8 mil pessoas. Os dados foram todos coletados por autodeclaração dos ouvidos.
"Estamos falando de doenças que, na maior parte dos casos, têm cura, mas ainda estão fortemente presentes na sociedade", afirmou o ministro José Gomes Temporão.
Automedicação
Segundo o Ministério da Saúde, a automedicação por parte dos homens preocupa. Das mulheres, 99% que tiveram algum sintoma de DSTs procuram primeiro um médico; entre os homens, 25% procuram primeiro uma farmácia.
Para ajudar na prevenção, o ministério lançou nesta terça uma campanha de prevenção às DSTs, voltada especialmente para homens com menor escolaridade. Cantores sertanejos gravaram uma música que será usada no programa e cartazes, folderes e postais serão distribuídos.
A ideia é distribuir esse material inclusive em banheiros de bares e restaurantes, e as pessoas devem ser incentivadas a contar a seus parceiros que têm ou tiveram uma DST. "Para romper essa cadeia de transmissão, a outra pessoa precisa saber", disse Mariângela.
Fonte/crédito: globo.com http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1271014-5598,00.html
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