Ministério da Saúde não endossa orientações que circulam na internet.
‘Guias’ de diferenciação sintomática podem causar mais confusão.
Ricardo Muniz
São cada vez mais frequentes e-mails com tabelinhas comparando sintomas da gripe comum aos sinais da nova gripe. Às vezes, consta no pé da tabela que a fonte é a própria Organização Mundial da Saúde (OMS). Ocorre, porém, que a orientação oficial da agência de saúde pública das Nações Unidas é clara: “você não será capaz de saber a diferença entre a gripe sazonal e a influenza A (H1N1) sem ajuda médica. Os sintomas típicos a observar são similares aos provocados por vírus sazonais e incluem febre, tosse, dor de cabeça, dores no corpo, dor de garganta e rinorreia (secreção nasal). Apenas seu médico e a autoridade de saúde local podem confirmar um caso de influenza A (H1N1)”.
"É um desserviço não tem nenhuma diferença, na verdade"
“É um desserviço”, afirma Caio Rosenthal, infectologista do Hospital Emílio Ribas. “Não tem nenhuma diferença, na verdade. A diferença é o que causa o quê.” Segundo o especialista, do ponto de vista médico-assistencial, a recepção dos casos é a mesma. O que varia é o tratamento. “Evidentemente, trata-se de uma epidemia nova, ainda não compreendida”, ressalva. De fato, alguns estudos científicos já foram publicados indicando diferenças nos efeitos causados pelo vírus H1N1 sobre o organismo, quando comparados ao quadro usual resultante de uma gripe comum.
Você não pode dar uma falsa tranquilidade, da mesma forma que não pode amedrontar"
Daí a estabelecer um guia prático de diferenciação sintomática das gripes há uma boa distância, até porque pode acabar causando mais confusão. “Você não pode dar uma falsa tranquilidade, da mesma forma que não pode amedrontar”, resume Antonio Pignatari, professor titular de infectologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e infectologista do Hospital 9 de Julho. “Eu não consigo diferenciar, e se aparece uma pessoa com 38° de febre ou 38,5°, para mim não muda muito. Eu vou ver o paciente.”
A posição do Ministério da Saúde é semelhante. Há uma semana, o diretor de Vigilância Epidemiológica da pasta foi categórico: “Não existe distinção clínica entre quem tem gripe sazonal e Influenza A (H1N1)”, afirmou Eduardo Hage.
Fonte Globo.com
‘Guias’ de diferenciação sintomática podem causar mais confusão.
Ricardo Muniz
São cada vez mais frequentes e-mails com tabelinhas comparando sintomas da gripe comum aos sinais da nova gripe. Às vezes, consta no pé da tabela que a fonte é a própria Organização Mundial da Saúde (OMS). Ocorre, porém, que a orientação oficial da agência de saúde pública das Nações Unidas é clara: “você não será capaz de saber a diferença entre a gripe sazonal e a influenza A (H1N1) sem ajuda médica. Os sintomas típicos a observar são similares aos provocados por vírus sazonais e incluem febre, tosse, dor de cabeça, dores no corpo, dor de garganta e rinorreia (secreção nasal). Apenas seu médico e a autoridade de saúde local podem confirmar um caso de influenza A (H1N1)”.
"É um desserviço não tem nenhuma diferença, na verdade"
“É um desserviço”, afirma Caio Rosenthal, infectologista do Hospital Emílio Ribas. “Não tem nenhuma diferença, na verdade. A diferença é o que causa o quê.” Segundo o especialista, do ponto de vista médico-assistencial, a recepção dos casos é a mesma. O que varia é o tratamento. “Evidentemente, trata-se de uma epidemia nova, ainda não compreendida”, ressalva. De fato, alguns estudos científicos já foram publicados indicando diferenças nos efeitos causados pelo vírus H1N1 sobre o organismo, quando comparados ao quadro usual resultante de uma gripe comum.
Você não pode dar uma falsa tranquilidade, da mesma forma que não pode amedrontar"
Daí a estabelecer um guia prático de diferenciação sintomática das gripes há uma boa distância, até porque pode acabar causando mais confusão. “Você não pode dar uma falsa tranquilidade, da mesma forma que não pode amedrontar”, resume Antonio Pignatari, professor titular de infectologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e infectologista do Hospital 9 de Julho. “Eu não consigo diferenciar, e se aparece uma pessoa com 38° de febre ou 38,5°, para mim não muda muito. Eu vou ver o paciente.”
A posição do Ministério da Saúde é semelhante. Há uma semana, o diretor de Vigilância Epidemiológica da pasta foi categórico: “Não existe distinção clínica entre quem tem gripe sazonal e Influenza A (H1N1)”, afirmou Eduardo Hage.
Fonte Globo.com
Srs Infectologistas,
ResponderExcluirNão teria o virus H1N1 uma ligação direta no desenvolvimento da tuberculose, nos que evoluem para obito?