Ao ler a matéria publicada no Jornal da UFRJ de Janeiro-Fevereiro de 2009 entitulado "Desafios à educação", o mesmo faz menções importantíssimas sobre "A desigualdade de remuneração entre homens e mulheres...", além de retratar que "Durante séculos foi atribuição masculina o provimento da casa, enquanto às mulheres eram destinadas as tarefas do lar. Há algum tempo, essa realidade vem mudando, mas o Brasil ainda carece de políticas públicas que facilitem a inserção da mulher no mercado de trabalho."
Excelente matéria, assim nos sentimos mais fortes para prosseguirmos lutando pelos nossos direitos.
O Jornal faz uma homenagem a "Carlota Pereira de Queiróz. A primeira deputada brasileira" publicando seu discurso.
reprodução
"Além de representante feminina, única nesta Assembléia, sou, como todos os que aqui se encontram, uma brasileira, integrada nos destinos do seu país e identificada para sempre com os seus problemas. (...) Acolhe-nos, sempre, um ambiente amigo. Esta é a impressão que me deixa o convívio desta Casa. Nem um só momento me senti na presença de adversários. Porque nós, mulheres, precisamos ter sempre em mente que foi por decisão dos homens que nos foi concedido o direito de voto. E, se assim nos tratam eles hoje, é porque a mulher brasileira já demonstrou o quanto vale e o que é capaz de fazer pela sua gente. Num momento como este, em que se trata de refazer o arcabouço das nossas leis, era justo, portanto, que ela também fosse chamada a colaborar. (...) Quem observar a evolução da mulher na vida, não deixará por certo de compreender esta conquista, resultante da grande evolução industrial que se operou no mundo e que já repercutiu no nosso país. Não há muitos anos, o lar era a unidade produtora da sociedade. Tudo se fabricava ali: o açúcar, o azeite, a farinha, o pão, o tecido. E, como única operária, a mulher nele imperava, empregando todas as suas atividades. Mas, as condições de vida mudaram. As máquinas, a eletricidade, substituindo o trabalho do homem, deram novo aspecto à vida. As condições financeiras da família exigiram da mulher nova adaptação. Através do funcionalismo e da indústria, ela passou a colaborar na esfera econômica. E, o resultado dessa mudança, foi a necessidade que ela sentiu de uma educação mais completa. As moças passaram a estudar nas mesmas escolas que os rapazes, para obter as mesmas oportunidades na vida. E assim foi que ingressaram nas carreiras liberais. Essa nova situação despertou-lhes o interesse pelas questões políticas e administrativas, pelas questões sociais. O lugar que ocupo neste momento nada mais significa, portanto, do que o fruto dessa evolução." (Discurso proferido em 13 de março de 1934 ).
Para ilustrar ainda mais a matéria sobre Carlota Pereira de Queiróz, foi extraído da Wikipédia, que :
CARLOTA PEREIRA DE QUEIRÓZ
"A primeira deputada federal da História do Brasil, eleita pelo estado de São Paulo em 1934, fez a voz feminina ser ouvida no Congresso Nacional.
Seu mandato foi em defesa da mulher e das crianças, trabalhava por melhorias educacionais que contemplassem melhoria no tratamento das mulheres. Além disso, publicou uma série de trabalhos em defesa da mulher brasileira.
Ocupou seu cargo até o Golpe de 1937, quando Getúlio Vargas fechou o Congresso."
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