Muitas das vezes nossos filhos nos convence de que aquele bracelete luminoso é muito atrativo e nos pede para comprar. Não sabemos o quanto ele é prejudicial a sua saúde. Lá no futuro é que nos deparamos com os problemas que podem ser causado pelo seu uso.
"REVISTA CH 257 :: MARÇO DE 2009
Sinal de alerta Artigo de capa da CH de março alerta para material tóxico descartado pela pesca nas praias do país
Os atratores luminosos usados na pesca em águas escuras contêm um líquido oleoso luminescente tóxico para os organismos marinhos e para os humanos (foto: Global Garbage).O descarte inadequado de objetos e instrumentos usados por barcos e navios de pesca vem poluindo a costa brasileira, com prejuízos ainda não totalmente quantificados. Às redes de pesca, armadilhas e anzóis perdidos ou abandonados, responsáveis pela morte acidental de animais e pessoas, somam-se agora os milhares de bastões de luz, ou atratores luminosos, utilizados em técnicas avançadas de pesca, em águas escuras. Só no litoral norte da Bahia, foram recolhidos, ao longo de 90 km de costa, cerca de 7 mil desses dispositivos. Os bastões de plástico contêm um líquido oleoso luminescente (capaz de emitir luz a partir de reações químicas entre seus componentes) que é tóxico tanto para os organismos marinhos quanto para o ser humano. As pesquisas feitas em laboratório com esse material concluíram que o óleo luminescente causa alterações em proteínas e no DNA das células, prejudicando as funções das mesmas e podendo inclusive matá-las. Mas o perigo não para por aí. Pescadores e catadores de lixo vêm ‘criando’ novas aplicações para os atratores luminosos: de formicida e óleo de bronzeamento a medicamentos para dores nas juntas, inflamações e vitiligo. A população não tem ideia dos riscos a que está se expondo ao usar essa falsa panaceia. Além de tóxico para as células e o DNA, o líquido dos bastões pode provocar alergias, mutações e câncer. Adereços luminosos desse tipo (braceletes, colares e outros) são também comercializados em festas, sendo utilizados até por crianças, e não há qualquer preocupação com o seu manuseio ou o seu descarte. Parece urgente, portanto, promover uma campanha de divulgação e educação dos habitantes da costa, assim como fiscalizar e punir os responsáveis por esse lixo. Cabe também às autoridades implantar um método de coleta seletiva que permita dar um destino adequado a esses bastões. Trata-se de um crime ambiental grave que poderia e deve ser evitado.
Crédito da matéria. Publicação da A Redação da Revista Ciência Hoje.
http://cienciahoje.uol.com.br/139925
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