Supercontrolar as doenças crônicas para preservar a capacidade funcional e a autonomia física das pessoas idosas é o desafio do século no novo paradigma da geriatria preventiva para a população que envelhece
Andrea Polimeno e Vanessa Santana
A humanidade já vive hoje o dobro do tempo vivido por seus ancestrais. Com o controle do câncer, dos processos inflamatórios, assim como a evolução dos cuidados no trauma e o desenvolvimento de fármacos que adiam o envelhecimento, a ciência médica prevê que a espécie humana possa viver ainda mais - atingindo os 100 e até mesmo os 120 anos de idade. Prolongar a vida humana no período da senescência, em que o indivíduo está naturalmente mais frágil e vulnerável, tem, como se sabe, implicações econômicas, sociais, psicológicas e até mesmo éticas. "A doença crônica malcuidada leva o indivíduo à decrepitude no seu transcorrer", atesta o pesquisador Wilson Jacob Filho, diretor do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). "Dos 70 aos 80 anos de idade, há a presença em média de quatro ou mais doenças crônicas. Dos 90 aos 100, são cinco ou mais", afirma Jacob, principal autor do estudo Qualidade de Vida e Multimorbidade em Idosos Ambulatoriais.
Surge, neste contexto, um novo paradigma na saúde, na área da gerontologia e geriatria. A presença ou a ausência de doenças deixa de ser um indicador importante de "envelhecimento saudável" e dá lugar à avaliação do grau de capacidade funcional mantido pelo indivíduo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como incapacidade funcional a dificuldade - promovida por uma deficiência - para realizar atividades rotineiras e pessoalmente desejadas pelo indivíduo.
(fonte: Revista Pesquisa Médica) - matéria na íntegra http://www.revistapesquisamedica.com.br/PORTAL/textos.asp?codigo=11653
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