De acordo com pesquisa publicada nos Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, fatores macrossociais podem determinar a contracepção mais frequente na iniciação sexual de jovens. O trabalho é de autoria de Lilian Marinho, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e co-autoras, e foi publicado na última edição do periódico.
Para a coleta de dados, as autoras empregaram estudo transversal que teve como população alvo um conjunto de “homens e mulheres de diferentes classes sociais”, e que utilizou dados “da Pesquisa GRAVAD - Gravidez na Adolescência: Estudo Multicêntrico sobre Jovens, Sexualidade e Reprodução no Brasil, realizada em Salvador (Bahia), Rio de Janeiro e Porto Alegre (Rio Grande do Sul)”. O inquérito envolveu “4.634 jovens dos sexos feminino e masculino de 18 a 24 anos, com taxa de resposta de 85,2%”, dizem elas, acrescentando que “os dados foram produzidos entre outubro de 2001 e janeiro de 2002, por meio de entrevistas face a face aplicadas por entrevistadores de faixa etária próxima a dos entrevistados, com formação em ciências humanas”.
Entre os resultados, as pesquisadoras revelam que, por ocasião da pesquisa, “dos 3.029 jovens que tinham à época entre 20 e 24 anos, 88,7% das mulheres e 93% dos homens referiram ter vivenciado sua primeira relação sexual com pessoas do sexo oposto”, com destaque para “a proporção de jovens que tiveram a experiência de ‘namorar e ficar’ - 77,4% entre as mulheres e 93,1% entre os homens”. Lilian e co-autoras afirmam que "a prevalência de contracepção estimada com base no relato das mulheres foi maior em Porto Alegre (77,5%) e menor em Salvador (60,6%)". O preservativo masculino foi o método mais referido por homens e mulheres. A pílula ocupou a segunda posição. A pesquisa também revela que, em ambos os sexos, o uso de métodos de contracepção aumentou com a renda familiar per capita.
Para as pesquisadoras, “há necessidade de novas investigações que possam ampliar o potencial explicativo das práticas contraceptivas na iniciação sexual, sendo fundamental incluir jovens de ambos os sexos, residentes em cidades de porte médio e na zona rural, para aprofundar o entendimento das mudanças ocorridas no comportamento dos adolescentes”. Assim, na opinião delas, “será possível desenhar propostas de intervenção efetivas no campo da saúde pública que considerem os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres e homens jovens”.
Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2009001400005&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
Fonte: Agência Notisa
Publicado em 16/11/2009.
Notícias
Para a coleta de dados, as autoras empregaram estudo transversal que teve como população alvo um conjunto de “homens e mulheres de diferentes classes sociais”, e que utilizou dados “da Pesquisa GRAVAD - Gravidez na Adolescência: Estudo Multicêntrico sobre Jovens, Sexualidade e Reprodução no Brasil, realizada em Salvador (Bahia), Rio de Janeiro e Porto Alegre (Rio Grande do Sul)”. O inquérito envolveu “4.634 jovens dos sexos feminino e masculino de 18 a 24 anos, com taxa de resposta de 85,2%”, dizem elas, acrescentando que “os dados foram produzidos entre outubro de 2001 e janeiro de 2002, por meio de entrevistas face a face aplicadas por entrevistadores de faixa etária próxima a dos entrevistados, com formação em ciências humanas”.
Entre os resultados, as pesquisadoras revelam que, por ocasião da pesquisa, “dos 3.029 jovens que tinham à época entre 20 e 24 anos, 88,7% das mulheres e 93% dos homens referiram ter vivenciado sua primeira relação sexual com pessoas do sexo oposto”, com destaque para “a proporção de jovens que tiveram a experiência de ‘namorar e ficar’ - 77,4% entre as mulheres e 93,1% entre os homens”. Lilian e co-autoras afirmam que "a prevalência de contracepção estimada com base no relato das mulheres foi maior em Porto Alegre (77,5%) e menor em Salvador (60,6%)". O preservativo masculino foi o método mais referido por homens e mulheres. A pílula ocupou a segunda posição. A pesquisa também revela que, em ambos os sexos, o uso de métodos de contracepção aumentou com a renda familiar per capita.
Para as pesquisadoras, “há necessidade de novas investigações que possam ampliar o potencial explicativo das práticas contraceptivas na iniciação sexual, sendo fundamental incluir jovens de ambos os sexos, residentes em cidades de porte médio e na zona rural, para aprofundar o entendimento das mudanças ocorridas no comportamento dos adolescentes”. Assim, na opinião delas, “será possível desenhar propostas de intervenção efetivas no campo da saúde pública que considerem os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres e homens jovens”.
Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2009001400005&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
Fonte: Agência Notisa
Publicado em 16/11/2009.
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