No Carnaval de 2008, O Bloco da Camisinha repete a grade de atrações do ano passado. Na quinta-feira, no Campo Grande, a cantora Carla Cristina, agora no comando da Tribahia, puxa o bloco e promete animação ao trabalhar um repertório ancorado na música baiana. “Sou nova mas não sou boba, não abro mão da camisinha. De maneira leve, vamos levar esta mensagem para que todos os grupos consigam absorvê-la, colocá-la em prática.”, adiantou.
No sábado, dia 02 de fevereiro, na Barra, é a vez de Simone Sampaio mesclar sucessos da música internacional com os sons dos tambores da Bahia. “Sair no Bloco da Camisinha representa um crescimento para mim enquanto artista. A prevenção que divulgamos no Carnaval pode impedir também que meninas fiquem grávidas e que outras famílias sujam desestruturada. Estarei com maior energia”. Na segunda (04/02), de novo na Avenida, une-se à tradicional Mudança do Garcia.
Cerca de oito mil foliões devem acompanhar o bloco com camisas personalizadas. Na realidade, este número é bem maior durante o percurso, visto que não há cordas, separando os foliões da população em geral, o que facilita o acesso dos indivíduos ao preservativo e a informações.
Presente ao encontro, Lorene Pinto, Superintendente de Vigilância e Proteção à Saúde do Estado da Bahia, destacou a importância do Bloco da Camisinha na prevenção a DST/AIDS durante o Carnaval e ressaltou que o governo do estado também irá instalar postos fixos nos três circuitos oficiais da folia. “Prevenção vale para qualquer grupo de doenças, em especial para a Aids, que é tema do bloco. Por exemplo, vacina custa caro. A gente aplica cerca de 30 milhões de dólares por ano no estado. Prevenção tem sim um custo, mas é um custo muito mais baixo. Socialmente é muito mais responsável prevenir do que deixar a doença acontecer e correr atrás do prejuízo”.
De acordo com Lorene Pinto, o governo do estado também estará trabalhando para evitar surtos de sarampo, rubéola, por exemplo, mas descartou a necessidade de vacinação em massa para febre amarela. “Não há necessidade. Não temos transmissão no estado. A nossa preocupação é com a DST/AIDS, sarampo, rubéola. Aconselho, portanto, quem não tenha se vacinado em sarampo e rubéola, principalmente homens de 12-39 anos, que o faça. Não existe risco de febre amarela”, assegurou. O secretário municipal de Saúde, Carlos Alberto Trindade, por sua vez, apontou de que forma as ações da secretaria estão articuladas, também com trabalho nos bairros, nos postos de saúde e nas unidades montadas nos circuitos.
O Bloco da Camisinha nasceu de uma parceria entre a Fiocruz-BA e a Escola Nacional de Saúde da Universidade de Harvard, em 1996. Neste 13 anos que participou do Carnaval de Salvador mostrou que é possível conciliar diversão, prevenção e solidariedade. O bloco é basicamente formado por servidores da Fiocruz e das redes municipal e estadual de saúde, estudantes, autoridades, artistas e parceiros de organizações não governamentais.
Publicado em: 24/1/2008 16:51:25
Fonte: Ascom
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