As amizades virtuais não são sempre descartáveis e superficiais como se costuma supor, aponta a psicóloga Daniela Romão Dias, doutora em psicologia clínica pela PUC do Rio de Janeiro, que es tuda esse assunto. "A realidade virtual pode proporcionar encontros mpensáveis fora da internet por questões geográficas ou culturais e também estreitar laços entre amigos e familiares que não moram na mesma cidade ou não se vêem com freqüência, possibilitando a troca de experiências cotidianas, que é fundamental para a intimidade", argumenta. Segundo a professora, não se trata de um antídoto contra a solidão, uma vez que o contato virtual não substitui a convivência face a face. "É um espaço a mais de relacionamento, uma via paralela", explica. A pesquisa realizada para seu mestrado revelou que sempre que as amizades virtuais se aprofundavam havia a vontade de ambas as partes de se conhecerem pessoalmente e levar a relação para o "mundo real".
À prova de crises
Para fortalecer os laços de amizade, siga as orientações do psiquiatra Cyro Masci, de São Paulo:
Invista tempo, energia e dedicação na amizade se não quiser vê-la morrer ou adoecer.
Expresse sempre seus sentimentos, opiniões e desejos. Não espere que o outro adivinhe
o que pensa. Fale o que seu amigo precisa ouvir, mas tenha o cuidado de preparar
o terreno. Em assuntos delicados, procure ser menos acusatória. Em vez de dizer: "Você me deixou assim...", prefira: "Quando aquilo aconteceu, eu me senti assim..." Procure renovar os interesses em vez de se apegar aos papéis antigos. Afinal, as pessoas e as situações estão sempre mudando. Esteja aberta para conhecer gente que pensa de modo diferente, que tem outros hábitos e atitudes. Respeitar a diversidade é um grande aprendizado. Lembre-se ainda de que todo desconhecido é um amigo em potencial.
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