Pesquisadores da USP
estudam biomarcadores
que Poderão ajudar
no diagnóstico
Precoce da doença
Elessandra Asevedo
Atualmente, há cerca de 20 milhões de casos da doença de Alzheimer no mundo e, devido ao aumento da expectativa de vida e envelhecimento populacional, em 2040 serão 80 milhões de indivíduos portadores deste distúrbio neurodegenerativo que afeta funções cognitivas, como a memória, e em estágio avançado gera alterações psíquicas e comportamentais, comprometendo a vida social e ocupacional. Para antecipar o diagnóstico da doença, considerada a principal causa de demência na população do planeta, e aumentar a sobrevida dos pacientes, pesquisadores do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HC-FMUSP) estudam biomarcadores que sinalizam a presença da enfermidade no cérebro antes de surgirem os sintomas da doença.
A técnica consiste no estudo de três marcadores presentes no líquido cefalorraquidiano (LCR), também chamado de líquor, que banha o cérebro e a medula espinhal. “Por meio da análise laboratorial, utilizando métodos sensíveis para determinar as concentrações desses marcadores no líquor – que é retirado do paciente por meio de uma punção lombar – podemos identificar proteínas que sinalizam a presença da doença no cérebro mesmo antes de ela se manifestar clinicamente. Quando há a redução do peptídeo beta-amiloide, popularmente chamado do Abeta42, e aumento da proteína Tau total e da fração fosforilada da proteína Tau – Tau hiperfosforilada –, temos a assinatura patológica da doença de Alzheimer no líquor”, explica o psiquiatra Orestes Vicente Forlenza, professor associado do Departamento de Psiquiatria da FMUSP e corresponsável pelo estudo.
O objetivo dos pesquisadores é antecipar o diagnóstico da doença entre a fase inicial – que é silenciosa, se desenvolve lentamente e pode durar vários anos ou décadas – até o período em que começam a surgir os primeiros sintomas, como as
falhas de memória e de processamento intelectual. Com isso será possível iniciar o tratamento farmacológico e não farmacológico e, assim, aumentar a sobrevida dos pacientes o que, atualmente, costuma variar de 8 a 12 anos. Contudo, nas
formas mais graves a doença pode progredir rapidamente, levando ao óbito em menos de cinco anos.
Hoje, para um diagnóstico mais preciso na fase pré-demência, o médico tem de esperar por volta de seis meses a um ano para fazer uma reavaliação longitudinal para caracterizar se o sintoma incipiente, como um esquecimento leve, passou a ser mais significativo. Mesmo com a tecnologia envolvida nesta pesquisa, que dá um grau de segurança acima de 90% quando se trata da doença em fase pré-demencial, os dados laboratoriais gerados pela técnica devem ser confrontados com informações clínicas, neurológicas e psiquiátricas, e com outros exames que descartam causas e anormalidades em outros órgãos que podem causar a perda da memória. O estudo da USP também é coordenado pelo psiquiatra Wagner Gattaz e conta com equipe multiprofissional com cerca de 40 profissionais do Laboratório de Neurociências do IPq, entre médicos, psicólogos, biólogos e farmacêuticos. Esta linha de pesquisa é realizada mundialmente de maneira bem consistente e tem grupos fortes na Suécia, Alemanha e Bélgica. No Brasil, o método foi implantado em 2006 pelo grupo do IPq que, além de introduzir a tecnologia, colabora de forma conjunta com outros laboratórios em prol do conhecimento. A pesquisa brasileira também objetiva validar os métodos a redução do peptídeo beta-amiloide, popularmente chamado do Abeta42, e aumento da proteína Tau total e da fração fosforilada da proteína Tau – Tau hiperfosforilada –, temos a assinatura patológica da doença de Alzheimer no líquor”, explica o psiquiatra Orestes Vicente Forlenza, professor associado do Departamento de Psiquiatria da da FMUSP e corresponsável pelo estudo.
O objetivo dos pesquisadores é antecipar o diagnóstico da doença entre a fase inicial – que é silenciosa, se desenvolve lentamente e pode durar vários anos ou décadas – até o período em que começam a surgir os primeiros sintomas, como as
falhas de memória e de processamento intelectual. Com isso será possível iniciar o tratamento farmacológico e não farmacológico e, assim, aumentar a sobrevida dos pacientes o que, atualmente, costuma variar de 8 a 12 anos. Contudo, nas
formas mais graves a doença pode progredir rapidamente, levando ao óbito em menos de cinco anos.
Hoje, para um diagnóstico mais preciso na fase pré-demência, o médico tem de esperar por volta de seis meses a um ano para fazer uma reavaliação longitudinal para caracterizar se o sintoma incipiente, como um esquecimento leve, passou a ser mais significativo.
Mesmo com a tecnologia envolvida nesta pesquisa, que dá um grau de segurança acima de 90% quando se trata da doença em fase pré-demencial, os dados laboratoriais gerados pela técnica devem ser confrontados com informações clínicas, neurológicas e psiquiátricas, e com outros exames que descartam causas e anormalidades em outros órgãos que podem causar a perda da memória.
O estudo da USP também é coordenado pelo o psiquiatra Wagner Gattaz e conta com equipe multiprofissional com cerca de 40 profissionais do Laboratório de Neurociências do IPq, entre médicos, psicólogos, biólogos e farmacêuticos. Esta linha de pesquisa é realizada mundialmente de maneira bem consistente e tem grupos fortes na Suécia, Alemanha e Bélgica. No Brasil, o método foi implantado em 2006 pelo grupo do IPq que, além de introduzir a tecnologia, colabora de forma conjunta com outros laboratórios em prol do conhecimento.
A pesquisa brasileira também objetiva validar os métodos diagnósticos na população local usando como base as pesquisas
realizadas no exterior, já que povos de continentes diferentes nem sempre possuem o mesmo perfil.
AINDA EM ESTUDO
Segundo o psiquiatra Orestes Forlenza, este método ainda pertence ao domínio de pesquisa e não pode ser usado clinicamente, pois problemas com a estabilidade da técnica e a confiabilidade do procedimento, assim como a discrepância entre laboratórios que fazem a mesma marcação, devem ser superados. “Mas acreditamos que, em um ou dois anos, o método já estará disponível em laboratórios e hospitais de todo o País. Para isso, esperamos a validação e superação de todas as possibilidades de vieses analíticos, tudo com o envolvimento de agências internacionais de qualidade, como a Food and Drug Administration (FDA) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, reforça.
Fonte: Revista Super Saudável - Publicações da Yakult do Brasil - Ano XII - Nº 53 - Janeiro a Março / 2012
Fonte: http://www.probioticos.com.br/Yakult/Upload/supersaudavel/129720607198335566_yak_53.pdf
oi! vim conhecer seu blog e te convidar pra participar do sorteio no meu blog ficarei muito feliz comsua participação
ResponderExcluirbjinhossssss!!!!!!!!!!!!!
Dani, obrigada pelo comentário. Por favor insira o endereço do seu Blog na sua próxima visita. Desejo participar sim do sorteio. Abços Suedmar
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