Meio milhão de mulheres morrem todo ano em decorrência da falta de cuidados médicos durante a gravidez e o parto, e 4 milhões de bebês não completam um mês de vida.
O levantamento A Situação das Crianças no Mundo foi divulgado ontem em Paris pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Ele reafirma a relação entre pobreza e mortalidade de mães e filhos: grávidas têm 300 vezes mais chances de morrer em países em desenvolvimento do que em nações ricas.
Segundo o documento, 50% das mortes ocorrem em 10 países - 7 da África e 3 da Ásia. Enquanto o risco de morte de uma mãe em países industrializados é de 1 caso para cada 8 mil, em áreas de pobreza é de 1 para 76.
Mais de 99% das 536 mil mortes de mães em 2005 se deram em áreas de pobreza. Na Nigéria - o pior país do mundo para uma gravidez -, a chance de morte é de 1 em 7.
Segundo levantamento do Unicef feito no Afeganistão, a chance de um bebê nascido em áreas pobres sobreviver após a morte da mãe é de 25%. Além disso, um recém-nascido nesses países corre 14 vezes mais risco de morrer nas primeiras quatro semanas de vida.
Entre as causas de mortalidade, estão hemorragias - 25% do total -, infecções, complicações decorrentes de abortos, hipertensão e obstrução do trabalho de parto.
Brasil - Após a posse do novo presidente da Fiocruz, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse não reconhecer o ranking do Unicef que mostra a subida do Brasil da 113ª posição para a 107ª entre nações com índices mais altos de mortalidade infantil. Disse que os dados do Unicef estão defasados, mas não houve tempo para que o fundo corrigisse o ranking.
Matéria publicada no Estado de São Paulo em 16/01/2009
extraída da Revista da Associação Paulista de Medicina (http://www.apm.org.br/aberto/noticias_conteudo.aspx?id=6982)
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