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ENSP, publicada em 22/04/2010
O Mapa de Conflitos envolvendo injustiça ambiental e saúde no Brasil, que será lançado no dia 5 de maio, às 14 horas, no Salão Internacional da ENSP, já é destaque na imprensa. Diversos veículos de comunicação publicaram matéria sobre a importância do mapa dar visibilidade a denúncias, além de permitir o monitoramento de ações e projetos que enfrentem situações de injustiças ambientais relacionadas à saúde em diferentes territórios e populações das cidades, campos, florestas e zonas costeiras. O trabalho foi desenvolvido a partir de uma parceria entre a Fiocruz e a ONG Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), tendo como coordenadores o pesquisador da ENSP Marcelo Firpo Porto e Tania Pacheco, da Fase.
O objetivo principal do mapa, que tem apoio do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, é participar da luta de inúmeras populações e grupos atingidos em seus territórios por ações governamentais e projetos de desenvolvimento que impactam desigualmente grupos sociais vulnerabilizados pelo preconceito e pela desigualdade social. Os conflitos foram levantados tendo por base, principalmente, as situações de injustiça ambiental discutidas em diferentes fóruns e redes a partir do início de 2006, em particular a Rede Brasileira de Justiça Ambiental e seus grupos de trabalho.
Segundo o coordenador geral do projeto, o mapa não se reduz a listar territórios onde riscos ambientais afetam diferentes populações, mas sim tornar públicas e ampliar as vozes nas lutas por justiça ambiental de populações frequentemente discriminadas e invisibilizadas pelas instituições e pela mídia. Foram reunidos cerca de 300 casos distribuídos por todo o país e georreferenciados. A busca dos conflitos pode ser feita por unidade federativa (UF) ou por palavra-chave. "O mapa está disponibilizado na internet com um sistema georrefenciado e de buscas vinculado ao GoogleEarth, de tal forma que qualquer cidadão possa ter acesso a detalhes sobre a situação de injustiça ambiental, sobre a região ou tema específico que lhe interessar, como o estado ou município, o tipo de população, o processo produtivo, o problema de saúde etc.", revelou.
Ainda de acordo com os pesquisadores, a própria população poderá auxiliar seu crescimento. "Não consideramos o mapa 'fechado'. Ele pertence a todos os interessados na construção de uma sociedade socialmente justa e ambientalmente sustentável, e é o momento inicial de um novo espaço para denúncias, para o monitoramento de políticas públicas e, ainda, de desafio para que o Estado, em seus diversos níveis, responda às necessidades da cidadania", destacou. Além disso, o mapa estimula, a partir de casos concretos, a pensar nos desafios e alternativas para a construção de um novo modelo de desenvolvimento baseado no respeito à natureza e à dignidade humana.
Fonte da ENSP. Matéria na integra no site da ENSP http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/materia/index.php?origem=2&matid=21024
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