Sábado, 16 de Maio de 2015 - 11:00
Foto: Thinkstock
O Ministério da Saúde estuda a possibilidade de estabelecer diretrizes sobre parto cesáreo, com dispensa da presença de pediatra na sala de parto quando não houver risco para o bebê e nem para a mãe. A proposta, que está em consulta pública, foi repudiada pela Associação Médica Brasileira, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia enviaram ofício para o Ministério da Saúde em nota nesta semana. O diretor da Associação Médica Brasileira, José Bonamigo, afirma que as entidades médicas entendem que a equipe tem que ter um pediatra, normalmente um neonatologista, pra receber o bebê. “Existem evidencias na literatura de que esse profissional colocado no ambiente do parto melhora os resultados”. O diretor reconhece que não é fácil ter um pediatra em cada sala de cirurgia, mas que as diretrizes do governo devem orientar os serviços de parto a terem a melhor situação para gestantes e crianças. O documento está em consulta até o dia 25 de maio, reforça a importância da presença de um profissional adequadamente treinado em reanimação neonatal, como pediatra, neonatologista, enfermeiro obstetra, enfermeiro neonatal, entre outros, apenas em cesariana feita sob anestesia geral ou se tiver evidência de sofrimento fetal. Bonamigo também afirma que há uma discordância entre médicos e o Ministério da Saúde é o ponto sobre a recomendação de que o parto normal deve ser feito na maioria das situações para mulheres que já fizeram cesariana. O médico diz que há evidências que apontam que a mulher que já fez uma cesariana corre risco de ter rompimento uterino se fizer um parto normal. Segundo as entidades, apesar de terem sido ouvidas, elas não concordaram com o texto final do documento. A proposta de diretriz foi aberta para consulta pública no dia 24 de abril.
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