Marias
São Marias daqui, Marias de lá.
Marias de fé e devoção,
De amores, de paixão,
De ternura, confusão.
Marias de todas as cores.
Marias pretas, amarelas,
Brancas, amarronzadas...
Arco-íris de prazeres.
Marias de todas as raçãs,
Falas e mil quereres.
Marias de sim, Marias de não.
Agonias, fome, prisão.
Marias maternas
De leite, café e feijão.
Marias de colo,
Marias de rua,
Maria nua
Despida de vergonha.
Marias belas, bem educadas,
Ricas, mal amadas,
Pobres, emrpegadas,
Eternas politizadas,
Armadas e desarmadas,
Umas sábias e fechadas,
Outras fáceis e bem dadas.
Redondas, trangulares, quadradas.
Marias antigas, Marias modernas,
Amando homens, amando mulheres.
Minhas Marias, suas Marias,
Nossas Marias.
Marias que vão com as outras,
Tantas e tantas Marias.
Maria, Mãe de Deus,
Rogai por nós,
Marias pintadas,
Cantadas, poetizadas,
Marias grávidas de deusas Marias.
Marias de tantos deuses,
Pagãs e torturadas,
Bruxas e apagadas,
Puras, iluminadas
Marias de longe, enraizadas,
Terminadas e começadas.
Marias de todas as terras,
Dêem-se à luz.
Criemos formas,
Sejamos mornas,
Sejamos outras e umas,
Sejamos unas,
Infinita e simplesmente,
Sagradamente Marias.
Magu
Eu li esta poesia em 1999 e hoje revirando minhas gavetas, com milhões de papéis antigos encontrei esta poesia e este texto de Pedro Jonathas - Golpe de Amor escrito em 19 julho de 1986.
Também sou Maria
0 comentários:
Postar um comentário
Seu comentário é importante!